Logaritmos


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Os logaritmos foram inventados no início do século XVII com finalidades computacionais, para facilitar os cálculos em Astronomia e navegação, como, por exemplo, calcular fenômenos astronômicos tais como eclipses e órbitas de planetas. Assim, cálculos elaborados, que antes poderiam levar meses ou anos, porque eram feitos à mão, agora poderiam ser resolvidos de maneira bem mais eficiente.

Através de tabelas ou tábuas de logaritmos os matemáticos podiam transformar operações difíceis em outras mais fáceis. A primeira tábua de logaritmos extensa é publicada em 1614 pelo barão escocês John Napier (ou Neper), um matemático freelance. Em seu livro Mirifice logarithmorum canonis descriptio é que aparece a palavra "logaritmo", do grego logos (razão) mais arithmos (números). A publicação de Napier rapidamente se espalhou, encantando muitos matemáticos que empregavam bastante tempo fazendo longos cálculos. A razão do encantamento é que somar é mais fácil que multiplicar, pois a multiplicação envolve mais operações do que a adição.

Conforme a engenharia ia avançando, mais cálculos eram necessários, mais "matemática" era empregada, como em edifícios, pontes, bondes, motores, navios, carros, aviões, etc. Neste sentido engenheiros, até algumas décadas atrás, carregavam consigo réguas de cálculo:

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Com o advento dos computadores  em 1980 e das calculadoras as tábuas e outros métodos manuais de resolução foram substituídos por programas, porém sem os logaritmos perderem importância nas ciências. Na ciência e na Engenharia os logaritmos são empregados para abordar quantidades que variam amplamente. Aplicações possíveis, por exemplo, são: ondas sonoras, economia, decaimento radioativo, terremotos, etc.

Propaganda da IBM sobre seu computador que realiza a tarefa de 150 engenheiros com réguas de cálculo.


Fonte:
Matemática: Ciência e Aplicações, G. Iezzi, O. Dolce, D. Degenszajn, R. Périgo, N. de Almeida. Atual Editora, volume 1, 2004.
Cálculo, volume I, Howard Anton, Irl Bivens, Stephen Davis. Bookman, 2009.
17 equações que mudaram o mundo, Ian Stewart. Zahar, 2013. Cap. 2.

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